terça-feira, 11 de junho de 2013

Oh vida, oh céus: Elke Maravilha, um quase affair



Há muito tempo atrás, antes da popularização dos blogs, eu me expressava de outra maneira não muito convencional: Poesia. Tenho cadernos e cadernos com um monte daquelas baboseiras com métricas ABBA ABAB (quem estudou métrica e rima sabe do que estou falando), e eu sou por default uma pessoa irritantemente teimosa, principalmente em relações aos meus objetivos, eu vou lá e faço, fodam-se as pobres das consequências e principalmente não ligo para o que esses vermes chamados pessoas pensam (Vegeta mode off) . Nesse caso,nos confins de 2007, resolvi fazer um livro de poesia, tentei reunir o melhor, ou na minha crítica opinião o menos ruim, e compilar em um livro. Arrumei um nome pomposo, que causava impacto: 'Dançando entre Lírios mortos'. Legal,né? Tudo porque eu via  de vez em quando Lírios pisados na porta de uma funerária que morava perto(e agora moro do lado). Não, nunca sai dançando em frente à funerária, isso é uma metáfora que eu não estou a fim de explicar (Uma dica: quando você escolher o nome de um livro que estiver escrevendo, pense bem no nome e na explicação;Você ter que explicar o porquê dele a vida toda).

Gastei mais ou menos mil reais nessa empreitada, um dinheiro que obviamente não tinha e rebolei pra conseguir via meu emprego e via mamãe. Fechei com uma editora que fez uma bela capa, chamei minha amiga Rossana pra escrever a contra-capa (ou é contra capa? maldita regra ortográfica) e dali ficou pronta. A própria editora, que já tinha um trabalho comum de lançar novos escritores que tem uma certa grana pra pagar seus escritos e vender para família e amigos, tinha um concurso de talentos e os premiados iriam receber o prêmio na bienal do livro do Rio de Janeiro. Inscrevi-me pensando comigo mesmo, 'vou me foder (Não é fuder, obrigado corretor ortográfico do Google chrome) nessa, mas pelo menos fica a experiência', assim como em 99% dos eventos que ocorrem em minha vida. Isso seria na minha cabeça, pois na realidade eu fui um dos premiados. I'm the champion, my friends. Recebi o telefone e a ficha não caiu, fiquei em quarto lugar. Acho que não caiu até hoje, tenho dúvidas da sanidade dos jurados ou se fui o quarto colocado de cinco escritos. Mas naquele ano até acreditei que o livro era bom, quem fez a capa, um cara da editora chamado Paulo Caillaud disse foi um dos livros mais legais que ele viu, mais visceral, puro e intenso que já leu. E que eu tinha talento. Das duas, uma:1) Ele era gay e estava me cantando 2) ele poderia estar falando a verdade. Prefiro ficar com a opção dois... Tá, mas você que leu um monte de linhas pensa, onde entra a Elke Maravilha nessa história. Calma.

Minha primeira vez em uma Bienal tinha que ser pra receber um prêmio. Sou foda. dig jin dig jin dig jin. No auditório Clarice Lispector, que eu amava(Não o auditório, mas a escritora, embora eu nunca tenha conseguido ler a maçã no escuro), mas de tanto ver citações erradas e certas dela no Facebook passei desgostar dela (Mas sei que  não culpa sua, Cla) e quando adentro no auditório, acompanhando de mamãe, Cristóvão, minha madrinha, Daniel e sua senhora na época. Sento, vejo entrar em seguida, com toda a descrição que ela podia causar, Elke Maravilha lalalalaalala lalalalalalalalalaala. Ela estava lá para prestigiar um amigo dela, que ficou em segundo lugar que tinha um título de trabalhos manuais. Deviam ser poemas sobre masturbação. Vai saber.

'Vou tirar uma foto com ela' Falei. logo em seguida falei de novo:"Não vou não". Mas depois de mais alguns minutos de 'vou, não vou', fui lá tirar a foto junto com Daniel. Eu fui lá, todo sem graça, pedi pra tirar uma foto com a Elke tão baixo, que ela só deve ter entendido porque deve saber leitura labial.Flash. foto esta que ilustra o post. Depois da foto, ainda disse que eu gostava dela desde a época do show de calouros. Tentei agradar mentindo, mas senti que dei mancada, porque o show de calouros não existe desde 1994, eu acho.E ela deve pensado:"porra isso já faz tanto tempo.". E eu na verdade adorava o Sérgio Mallandro, como eu o adoro até hoje, esse gênio do humor. Da Elke eu tinha medo quando criança, ela parecia um dragão. Na adolescência eu desconfiei que ela fizesse parte do Twisted Sisters, cheguei a procurar na Wikipédia, mas não encontrei nada dizendo sobre isso.

Enfim, premiação começando, já começava com os melhores da poesia, e eu fui o segundo a ser chamado. Sabe quando acontece algo tão incrível na sua vida que você não tem noção disso e mal aproveita o momento? Exatamente é essa a sensação que tenho quase seis anos depois. Quando meu nome foi chamado e meu livro citado, eu levantei e todos se viraram pra mim, e eu um tímido clássico e compulsivo, liguei o piloto automático senão eu ia travar e ficar parado e me mijar nas calças(Não por, medo mas eu eu estava apertado e quando você fica nervoso sua bexiga afrouxa, isso é clinicamente comprovado!). Cheguei ao palco, recebi meu certificado, e vi uma cacetada de flashes e aplausos. Até hoje não consigo ter uma boa lembrança visual daquele momento é tudo muito vago, de verdade. Nem o que o cara que me deu o prêmio disse eu me lembro, só sei que ele disse algo e eu agradeci. Depois quando desci do palco e os aplausos cessaram, a Elke Maravilha na primeira fila disse algo, as pessoas riram, eu ri, mas não faço ideia do que tenha sido. Como disse, piloto automático funcionou com sucesso para evitar que eu saísse correndo para nunca mais voltar.


Depois de toda aquela premiação, de aplausos, de senta e levanta, teve um pequeno coquetel se sucedeu. Vinho portugês periquita(sim, esse era o nome. Bebi umas duas taças porque periquita de graça é sempre bom) e  canapé com patê de Fois Gras rolando solto.Teve o momento 'eu sou pobre e não sei que porra é essa' em que perguntei ao garçom o que era Fois Gras. Fígado de ganso. Era uma merda. Rico tem gostos estranhos. Preferia aquele patê de presunto que vende em lata no mercado.

(Agora vem o grande momento que você que chegou até aqui está esperando!) Depois de mais um cara gay dar em cima de mim por causa do livro (Isso é preconceito contra os héteros que não podem escrever poemas. Sou da linhagem de Vinícius de Moraes que fazia poema e comia todas as cocotinhas de sua época. Claro que no meu caso, eu sou blogueiro, e comer alguém no meu caso é tão raro como um título do Botafogo e do Atlético Mineiro no mesmo ano) fui sugerido por todos, para que desse um livro pra Elke Maravilha, afinal teve uma garotinha de no máximo 10 anos na época que passou 20 vezes na fila pra ser nerd tinha dado um exemplar a ela, eu teria que fazer o mesmo. Fui por livre espontânea pressão e com a cara e a coragem, que logo depois se escondeu debaixo da cadeira e eu tive que ir só com a cara mesmo. Ela estava em uma roda conversando com alguns jovens e lá fui eu todo sem graça novamente, tentei ligar o piloto automático de novo, mas não seria possível, eu teria que interagir com uma pessoa, e não ia funfar dessa vez esse cheat. Tentei esquecer que ela era uma pessoa da TV que parecia que sua maquiagem era uma máscara e que ela usava uma bota-calça(isso mesmo que você leu. não me pergunte onde ficava o zíper, como diz o título dessa história não tive como descobrir).

Esperei o assunto animado da roda terminar, respirei fundo e disse um pouco mais alto.Abaixo segue como foi o diálogo:

"Oi Elke, eu gostaria de te presentear com o meu livro"
"Muito obrigado. Fiquei muito feliz por você ter ganho."
"Obrigado"

Entrego o livro a ela aurografado. Não lembro o que escrevi exatamente, mas deve ter sido o padrão que eu escrevia : "Elke um beijo do Marcos Antônio Filho" Ela abre olha e...

"Meu lindinho, faltou você por o seu telefone aqui."
"Meu telefone?"
"É.Como eu vou poder te dizer se eu gostei ou não do livro? Eu vou te ligar e te digo o que achei."

Não esperava por essa. Não esperava mesmo. Escrevi meu telefone celular e o de casa, e entreguei o livro novamente, ela viu e falou: "Agora sim!" E virou a bochecha para dar um beijo nela. Eu beijei. Mas tive a nítida sensação de que não beijei pele, beijei uma camada espessa de pó de arroz ou sei lá, algum produto milagroso que ela usa pra ficar com aquela cara de porcelana. Depois tive o desprazer de imaginar Elke Maravilha quando acorda. Deve ser algo mais aterrorizante do que exorcista (vi esse filme 3 vezes e me cago todo de medo desse filme).

Mas o 'melhor' ainda estava por vir. Depois do meu beijo, ela foi me beijar na bochecha e me depois me deu um abraço tão apertado que eu me senti sufocado de verdade. Ela tem mais de 1,80, usa uma bota calça com um salto 15 agulha e tava usando uns dreads loiros que quando ela me abraço eu devo ter sumido.Relembrei o medo de infância que tinha dela e as suspeitas da minha família que ela era um travecão quando ela aparecia na Televisão. Agradeci mais uma vez e me despedi pensando que ela pediu meu telefone porque quis ser simpática, claro. Pelo menos eu torci para que fosse isso.

Depois de contar como foi o papo com a Elke e de ainda estar coma marca do beijo (O batom dela era tão forte que eu seu passasse a mão na marca e passasse pelo rosto minha cara ficaria vermelha e ainda sobraria batom vermelho para cobrir o resto do corpo) a pergunta preferida das pessoas foi: 'Porque ela pediu o seu telefone?'. Eu reproduzia a resposta dela e logo depois vinha outra resposta que todo mundo dizia depois: "Ela te deu mole, hein?"

Os dias se passaram, meu nome esteve no jornal 'O Globo' e o besta aqui não comprou o jornal, e perdeu uma grande oportunidade de um tapa na cara da sociedade por aparecer em um jornal sem ser na parte policial(que é quando pobre tem o nome no jornal) e não recebi nenhuma ligação de alguém famoso nesse período. A Minha dedução para isso era que  letra era muito ruim(e piora a passos largos rumo a virar um hierógrafo), e se ela tentou ligar um dia, não deve ter entendido os números, pois reza a lenda que o meu 4 parece um 9 (calúnia).

Outra calúnia grave foi a que eu fiquei meses ao lado do telefone esperando a ligação dela. Um Absurdo, essas pessoas maldosas não tem o que inventar. Depois de 15 dias eu já tinha desistido. Às vezes me pego a pensar como seria a vida se ela tivesse me ligado, mas tento pensar que ela não era pra mim. Mas Elkinha,nunca esqueci 'nosso momento'. Saudades...



OBS: Se alguém tiver vontade e/ou curiosidade (o que eu duvido MUITO mesmo) de ler o meu livro, me avisa que eu mando. Os que sobraram servem pra evitar a mesa fique bambeando, vai até me fazer falta, mas ai você pode usá-lo para a real função dele, que é ser lido e achar legal. Vai saber, tem doido pra tudo nesse mundo louco de Deus...



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Rodeios...

- Ei, posso te perguntar uma coisa?
- Depende?
- Como assim depende?
- Vamos discutir relação?
- Não, oras, estamos bem. Se bem que acho você às vezes distante... você tem outra?
- Sim, tenho uma para cada dia de semana. Minha mãe cometeu o erro gravíssimo de por mel  em vez de hipoglós nas assaduras do meu piupiu. Diz o que você que você queria dizer. O que foi que eu fiz, que você está com esse bico?
- Você e suas brincadeiras.
- Mas sou assim, fazer o quê... diz, amor, o que você quer tanto dizer.
- Agora não quero mais dizer.
- Ai Caramba. então não diz!

...

- Tem certeza de que não quer saber?
- Agora você quer dizer?
- Não, é que você não se mostrou interessado.
- Eu tivesse uma prévia do que se tratava...
- Ah é algo bobo...quer dizer é importante para mim, mas não sei se é para você.
- Pelo amor de Deus, não me pergunte se você está gorda. Senão pego a garrafa de água sanitária e faço vira vira.
- Não é isso...Mas eu acho que estou mais magra. Não acha?
- Amor, se eu disser que você emagreceu quando você pergunta, você vai achar que estou querendo te agradar. Se eu disser que não, você dirá que sou cruel e sádico. Se eu me calar, você vai se achar uma baleia e eu estarei sem jeito para falar. enfim, amor, você vai dizer o que queria dizer antes de dizer todas essas coisas sem sentido que disse?
- Ai assim parece que eu sou uma paranoica insegura!
- Você é mulher, é redundante por mulher, paranoica e insegura na mesma oração.
- Assim você me magoa.
- Mas posso te dizer uma coisa: De todas as paranoicas que conheço, escolhi você. Porque suas paranoias são as mais saudáveis e pueris que já vi. Te amo.
- Até vasculhar as mensagens do seu celular?
- Não, isso é doentio. Te interno da próxima vez que fizer isso.

...

-Vai me dizer o que queria dizer ou vou ficar sem saber?
- Ah, eu queria saber se você me ama...
- Eu acho que te respondi isso, há uns 10 minutos atrás.
- Foi mesmo? Acho que estou sofrendo de lapsos de memória...
- Não sei com quem você anda aprendendo esses toques sarcásticos...

♥♥




quinta-feira, 21 de março de 2013

O Grande fingidor



Oh sim, eu sou o grande fingidor 
Só rindo e feliz feito um palhaço 
Eu pareço ser o que não sou 
Estou vestindo meu coração como se fosse uma coroa 
Fingindo que você continua por perto

Muitos dizem que a vida é bela.
Eufemismo.
A vida é dura.
Desde que nascemos, travamos uma batalha perdida, afinal ninguém sai vivo daqui dessa vida.
A vida é uma mistura de Mike Tyson com Anderson Silva,que te baixa a porrada sem dó.
E você tem que continuar apanhando com um sorriso no rosto, e blefando pra ela dizendo coisas como 'Só isso que você sabe fazer? Você não é de nada! Isso é soco de menininha!"
A vida se resume a saber não o quanto você pode bater, mas o quanto você aguenta apanhar.
Por isso que muitos talvez joguem a toalha.

Mas porque alguns filhos de uma rapariga insistem em dizer que a vida é bela?
Fingimento.
Talvez a tática mais usada pelas as pessoas.
Não, a tática mais usada é a ignorância. a tática "não quero saber que a vida é uma merda, eu quero é curtir baldão de skol, red bull vodka, vomitar tudo acordar com uma baranga/traveco/negão do meu lado"  é beeeeem mais difundida por aí.
Mas o fingimento é melhor.
Fingir estar bem, fingir que nada lhe atinge.
Fingir, fingir, fingir.
E no final você se torna o fingidor de tão alto gabarito, que você sabe muito bem controlar o momento de fingir que 'estou bem, sou foda pra caralho vida, você vai ter que fazer muito melhor do que isso se quiser me ver pedindo arrego' e o momento de deitar na cama, encostar a nuca no travesseiro e enfim relaxar os ombros e chorar baixinho para não incomodar os vizinhos pois parece que suas paredes são feitas de papel.
Está é uma versão da minha vida simplificada, para poder tocar nas rádios. a versão estendida vai ser lnçada em clipe no youtube em breve.

Existem táticas melhores, mas nenhuma tão eficaz como fingir. Se Havard fizesse um estudo disso, daria mais respaldo em meu texto, mas como não foi, fiquem com minha palavra. Ser um fingidor é bom, você já foi um dia para agradar alguém que ama eu sei, mas nunca fingiu para agradar a si mesmo. Até porque isso é ilógico. Mas fingir uma coisa por fora estando ao contrário por dentro é comum. Estou fazendo isso nesse exato momento em que esse texto é lido.

E devo fazer por um bom tempo pois a dor que sinto deve aumentar de novo.






segunda-feira, 18 de março de 2013

A Necessidade



- Fala aí vô, beleza?
- 'beleza',né. O que está fazendo?
- Ah, to aqui no face postando as fotos da sua festa de ontem. Tá galã, hein vô?
- Que nada. Me explique uma coisa: por que postar as fotos para os outros verem?
- Porque é legal, oras. Todo mundo faz isso.
- E só porque todo mundo faz isso, você faz também?
- Ah Vô, qual o problema? Tudo é tão prático, todo mundo vê, aí você curte e pronto! Não quer que eu ponho a foto da família reunida na internet?
- Não é isso. Só queria entender essa necessidade de todos tem de contar a sua vida. Ninguém quer mais ser anônimo nesse mundo?
- Ninguém nunca quis ser anônimo no mundo,vô.
- Isso é verdade. Mas porque essa necessidade? por exemplo, porque essa sua amiga põe fotos dela de frente pro espelho,usando vestido?
- Ela quer ser elogiada. Toda mulher gosta de elogios.
- Mas antigamente as mulheres passavam na frente das obras para serem elogiadas.
- Hoje só abrir uma twitcam que chove elogio.
- Twit..o quê?
- Deixa pra lá vô. Mas na sua época, como você se comunicava com seus amigos rapidamente?
- Eu pegava uma bicicleta e ia na casa deles,oras.
- E quando você queria mostrar fotos de algum lugar legal que você foi?
- Comprava um filme de 36 fotos, fazia um album e levava para as pessoas verem.
- Vô as coisas não mudaram. Sempre existiu essa necessidade em auto afirmar que a vida da gente é legal. É isso que as pessoas fazem. Auto-afirmam que são legais, inteligentes, bonitas, gostosas, precisamos sempre dizer para os outros que nossa vida é interessante. Mesmo que não seja, mesmo que não outras pessoas não achem nada de legal, a pessoa precisa dessa auto afirmação.
- Pensando bem, você tem razão. O que talvez tenha mudado é a velocidade. O mundo ficou tão veloz, que todo mundo quer se auto afirmar na mesa velocidade. Quantas vezes você estava em um lugar lindo, tirou a foto e pôs aí no face...
- É verdade, faço isso direto.
- Claro que o mundo está veloz, dinâmico, globalizado como eles falam,mas faça um teste. Na próxima vez, em vez de sacar o seu celular que tira foto,  olhe, respire, admire. às vezes, você tem uma sensação melhor do que mandar para internet e esperar umas 10 curtidas. Auto afirmar que sua vida é sempre legal ou que você tem sempre opinião é chato.  A vida fica melhor quando ela é um segredo, não livro aberto.
- Melhor seria um big brother,né vô?
-É, esse programa de bosta exemplifica melhor.
- Mas essa foto da nossa família faço questão de mostrar. Ela é a representação mais do que verdadeira que eu tenho uma família boa e feliz.
- E um avô chato.
- Sábio. é quase um sinônimo.
- Ah, seu moleque sacana...



segunda-feira, 11 de março de 2013

Religião não se discute, mas deveria.



"Religião é ópio do povo"
Karl Marx

Ser Agnóstico é deveras complicado. Responder isso quando pergunta qual é minha orientação religiosa é tão desanimador do que fazer exames de fezes. Então prefiro ir para coloquial e dizer  'Apenas acredito em Deus.' . Respeito qualquer tipo de manifestação religiosa, acredito que a maioria das pessoas precisa de algo para acreditar, afinal, imagina que chato para muitos terem a certeza de que depois que morrem não tem nada do outro lado, nem mesmo uma placa de boas vindas, com aquele biscoitinho com patê de presunto com cidra barata pra recepcionar o novo habitante? Mas alguns problemas da religião é que ela cega. As religiões em si não fazem menção à tolerância. Tratam as outras igrejas como ruins, como inimigas até arrisco dizer. Ouvi uma vez de um evengélico que os catóilicos vivem crendo em sua fé, adorando imagens ocas. Já os católicos dizem que os evangélicos sofrem lavagem cerebral e vivem dando seu dinheiro para pastores. E ambos dizem que quem é do candomblé fazem coisas ruins e roubam o seu dinheiro! O pessoal do candomblé(a popular macumba) não quer ser comparado ao espirítismo e vice versa.. E todas as religiões dizem que budismo é uma babaquice. E todos os ateus e todas as religiões dizem que judeus filhos da puta pão duros, que só sabem sugar o dinheiro dos outros. E acho que todo mundo tem razão.

Sinceramente, se Jesus Cristo tivesse que descer a terra de novo e perguntasse como as pessoas fazem para louvar à Deus, ele ia ficar bem confuso. Talvez ele acreditasse na igreja maradoniana. Na católica seria difícil. Se ele mesmo ensinou a amar o próximo, como ver o Vaticano com igrejas todas com detalhes em ouro maciço, e tanta gente morrendo de fome? E os evangélicos que, seus líderes estão entre os homens mais ricos do Brasil, com a fortuna na casa dos bilhões? Jesus pensaria que a galera não entendeu muito bem o recado dele, ou que depois de mais de 2000 anos, a sua palavra foi levemente deturpada.



Não acredito no Deus que as religiões falam. Onipresente, Onisciente, aquele que se você seguir a sua cartilha e dar um dízimo bem gordo terá tudo de bom, mas se você for mal terá  o seu bumbum espetado pelo tridente do capeta. Isso contradiz aquele papo de 'Deus é amor' e 'Deus é fiel. Saia da linha e veja o que te espera segundo o catolicismo. Eu já li a bíblia de cabo a rabo. E Li um negócio interessante, além das severas punições e mortes causadas por Deus aos pecadores e homens de pouca fé, e o apocalipse, que Hollywood vive usando pra inspiração de seus filmes catástrofes. Deus nos deu livre arbítrio. Deus nos ama e deixou que a gente decidisse por nos mesmo a nossa vida. Não acredito em Deus onipresente, até porque, como explicar tanta atrocidade debaixo dos olhos dele? A Não que ele seja um belo de um sádico, não acredito em sua onipresença. Deus nos deu a chance de fazer muita coisa nesse mundo imenso. E nós fazemos a nossa escolha. Que é fazer um monte de merda, principalmente por motivos religiosos, com frases idiotas de "Meu Deus é melhor que o seu" " Sua religião é imunda" ou "Por Alah!" seguido de um imenso CABUM!

Prefiro não ter religião, mas tratar todo mundo igualmente e com justiça, independente de que religião ela tem. Não sou perfeito, sou falho como qualquer outro. Mas acredito que seríamos muito melhores se em vez de usarmos a religião como um ópio barato, ou usando como a religião apenas para aliviar sua barra, fizéssemos apenas uma coisa que Jesus ensinou mas quase nenhum chefe religioso prestou atenção por que não dizia que era pra dar o dízimo à igreja é o "ama seu próximo, como a ti mesmo". Deixar de rotular a pessoa por religião e respeitar a pessoa independente do que ela seja. Acho que assim, quando tivermos mais respeito e amor pelo o próximo, as pessoas não sejam tão enganadas por caras como esse:

quinta-feira, 7 de março de 2013

Estádios, A terra de ninguém



O torneio de futebol mais importante da América do Sul é a Libertadores. O continente sulamericano manda suas melhores equipes e o campeonato é disputado, Equipe visitantes sofrem com o tratamento feito pela as equipes mandantes, com as torcidas tacando tudo que tem na mão no cara que cobra escanteio. Alguém na Conmebol acha isso o glamour do torneio. Esse clima de guerra, uma batalha sem precedentes pra ser o melhor da América. Mas acho que em um tempo em que se prega tanto a não violência, ver estádios como terra de ninguém é estranho demais. E mais estranho é ver uma organização que deveria ser séria sendo conivente com isso, ao reverter a punição do Cortinhians jogar sem público em todos os jogos por uma multa. Que deveria ser  paga à familia do garoto que a Gaviões da Fiel matou. Ah, mas a Conmebol é necessitada, tá precisando dessa grana, coitada.

Não só pelo o caso do Corinthians, que  sua torcida  Gaviões da Fiel acabou matando um jovem de 14 anos. Velez Sasfield e Peñarol, a porrada comeu nas arquibancadas, literalmente. Isso sem contar a torcida organizada do Palmeiras que agride os seus próprios jogadores, cobrando resultados. Claro que temos muito mais exemplos e vamos ter muitos outros, porque a impunidade impera nos estádios da América do Sul há décadas. Essa violência só pode acabar com os orgãos responsáveis pela Libertadores punam exemplarmente a equipe, dos torcedores brigões(ou assassinos). Quando o time sofrer por algo que o torcedor faça, sem chance para recorrer, as coisas vão melhorar. Os Clubes vão parar de financiar torcidas organizadas, que são um câncer maligno no futebol e assim quem sabe, esses caras que acham que futebol é apenas um pretexto para brigar arrume outra coisa pra fazer, como ir em um puteiro e comer umas putinhas, ou sei lá, ir na Le Boy. Dizem que essas necessidades de ser violento é um boiolagem enrustida.

Mas isso nunca será feito. A Conmebol é mole, a CBF é mole, os clubes são moles, e nos estádios e nos arredores as coisas serão assim, no código de Hamurabi. entram com morteiros, agridem jogadores cobrando resultados, sendo que nem são eles que pagam o salário dos caras, agridem inocentes, matam inocentes com morteiros, paus,pedras e atos covardes. E tudo isso será sempre encarado uma grande fatalidade."Ops, o morteiro disparou" "Ops, sem querer dei 45 paulada na cabeça desse otário". Acredito eu Só quando tivermos uma tragédia sem precedentes, como foi a tragédia de Heysel, na final da UCL em 1985, quando morreu uma cabeçada de gente por conta de torcedores brigões,  é que vão começar as caças às bruxas. Tarde demais, como sempre, pra manter a tradição latina de apenas fechar a ferida aberta em vez de prevenir o tombo.